quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Descrença

O meu coração bate depressa, nem sequer consigo respirar como deve ser perante tamanha aflição e ansiedade. Sinto o estômago embrulhar-se em si mesmo, como um bicho-de-conta a enrolar-se sobre o o seu próprio corpo. Dentro desse meu pequeno embrulho estão mil borboletas que esvoaçam, fazem-me cocegas. Sinto o meu rosto quente, sinto-o corar e dou por mim de sorriso desenhado nos lábios. Pego na pequena geringonça que fez barulho, leio o que lá diz. Aos poucos o estômago desembrulha-se, volta ao seu estado normal, deixa as borboletas fugirem. Os lábios desfazem-se do sorriso, volta o frio. O coração acalma, quase que adormece... Nada, era só nada, e nada mais. Há muito que não é mais que isso.

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