sexta-feira, 27 de julho de 2012

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Quando te dás conta, cresceste...

"Estás a ficar velha, estás bonita."

... Atiraste-te ao rio da vida de cabeça, agarraste em todas as oportunidades que te apareceram à frente e tentas ter valor e fazer com que todas elas dêem fruto. Não tiveste medo de arriscar e foste em busca daquilo que querias. Como nunca foste muito boa a saltar por cima das coisas, deste-lhes a volta, fazendo o teu caminho por onde quiseste ir. Contra tudo, todos e até ti própria! Foste tu!
Obrigada mãe! Obrigada Lisboa! Obrigada teimosia! Obrigada persistência 

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Dá-me música

A efemeridade não desapareceu, mas a recordação ficou para sempre. A memória do sentimento sentido no peito quando fugimos em direcção ao que mais nos enche a alma quando existimos os dois, juntos, lado a lado, respirando o mesmo ar, ouvindo a mesma música que teima em gritar-nos, mesmo quando chega o silêncio. Memórias captadas pelos nossos olhos, quais fotografias guardadas num album! Às vezes chego até a pensar que enlouqueci e ando por estas ruas a sonhar acordada. Os dias têm sido de tal forma preenchidos com amor e cumplicidade que chego a pensar que vou explodir de paixão. É nesses momentos que dou por mima  pensar senão ando a imaginar coisa. Pois bem, se andar, espero continuar a imaginar-te de mãos dadas comigo durante muito tempo. Estou até tentada a pedir para sempre...  Mas falemos da música! Sim, a música que voltámos a ouvir até no silêncio. Aquela que nos deu o empurrãozinho que nos faltava. Falemos da forma como a música nos entra pelos poros da pele e nos preenche cada centímetro de pele e cada pedacinho da alma. A música, sempre acompanhada de uma brisa suave e de um cigarro, à janela de preferência, ou sentados no chão de um recinto, ou talvez na entrada da tenda que nos alberga, que nos vem relembrar que o amor existe, que nos vem ligar ainda mais um ao outro, servindo de banda sonora ao filme da nossa vida. Seremos eternos nas nossas recordações, eu sei que seremos. O filme que passa naquela tela branca dos salões do meu mundo também já passa na tua tela branca, eu sei que sim, consigo vê-lo pelos teus olhos castanhos, lindos. As janelas da entrada da tua alma. Consigo ver tão bem através deles. E enquanto me perco nas imagenes que vejo, deixo que a música, a tua, acho que um pouco nossa, me envolva e me faça voar. Não pares, por favor. Não deixes que ela se cale. Não permitas que o silêncio caia no vazio e que, com ele, nós nos calemos também. Por favor, não pares de me dar música.

P.