quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Lisboar

Hoje apetece-me Lisboar.
Sim, Lisboar; é o acto de sair numa qualquer estação de metro e caminhar rumo ao coração daquela que é, sempre foi e vai ser, a minha cidade. Hoje vou pegar na máquina fotográfica, num bloco e numa caneta e vou-me perder nas suas ruas. Vou captar imagens e escrever-lhe uma carta, enquanto vejo pessoas apressadas para chegar a casa ou casais de namorados a namorar debaixo das árvores ou nos bancos de jardim que estão espalhados pelos passeios. Vou ver montras e prestar atenção aos grandes autocarros amarelos que passam na estrada. Vou ver as folhas que o Outono já arrancou a voar pelo ar, ou a serem apanhadas por um varredor de ruas. Talvez apanhe uma e a guarde. Vou visitar as minhas árvores, sentar-me debaixo delas e continuar a ver. Hoje apetece-me Lisboar, não falar durante umas horas e absorver as tais e imagens e os tais sons que são o pano de fundo e a banda sonora dos meus 21 aninhos de existencia. E é o que vou fazer.

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