segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Quarta

Tenho saudades tuas, tantas, nem imaginas. Saudades de nós, dos cafés e dos cigarros, das conversas parvas e das conversas profundas. Voltaste, mas não voltaste tu. Não sei explicar. Sinto a tua falta em todas as horas de tédio, em todos os momentos cheios de alegrias para partilhar, e em todos os momentos de tristeza onde quem mais me compreendia eras tu. Tenho saudades tuas e do teu apoio, da tua alegria e da tua revolta. Volta, lá do sitio onde te enfiaste, volta sff, está a ser insuportável.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Lemonworld

Quando ele a olha no fundo dos olhos e lhe vê a alma nua de disfarces e máscaras o mundo pára. O vento não sopra, os pássaros ficam suspensos no ar, assim como as folhas castanhas que viajavam pelo céu. Os carros não andam e aquele senhor que estava a acender o cigarro terá de esperar até a chama voltar a arder. O tempo pára, e ela perde-se naquela sensação quente e confortável que a invade. As sensações são quase irreais, o toque da pele e dos lábios, o sorriso e as gargalhadas. O silêncio enche-se de música, é a banda sonora do filme deles. Deixam-se estar, e quando o olhar se quebra, um minuto depois, e o tempo volta a correr, os pássaros a voar e a chama do isqueiro do senhor arde de novo é que ela se apercebe que com ele vai ser sempre assim, mágico, como se ele tivesse o poder de fazer parar o mundo e o tempo. O mundo dela, pelo menos...