quarta-feira, 30 de junho de 2010

O Tempo É Injusto

A noite passou a correr, para mim durou apenas um segundo. Foi o tempo e fechar os olhos e voltar a abri-los. Passou num instante. Sei que foram horas, mas souberam a segundos. Sabe sempre a pouco. É sempre assim, o que é bom acaba depressa! Acho que está na altura de alguém inventar um relógio onde o tempo não passa...
Não gosto quando o tempo passa assim a correr por mim, é injusto...

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Espera.



O Sol chegou, quente e brilhante, e mudámo-nos para o jardim. O jardim onde temos passado as tardes. Foi nesse jardim que o nada se tornou em tudo, ou se foi tornando em tudo...
É mágico, aquele jardim, é mágico. É naquele jardim, onde o silêncio é como música, que as mais pequenas e simples coisas se tornaram nas mais deliciosas e envolventes. Conversas sérias e profundas ou banais e engraçadas, brincadeiras parvas, gargalhadas tão sentidas, imagens captadas pela lente da memória, olhares cúmplices e cheiros que nos invadem até às nossas profundezas. Pequenas coisas que nos enchem a alma e nos fazem chegar a casa com um sorriso na cara e um brilhozinho nos olhos.

Não vou sair daqui, nem quando o Sol de Inverno vier substituir o Sol quentinho que me tem aquecido a alma. Vou ficar aqui, sentada no jardim do País das minhas Maravilhas, a relembrar todos os sorrisos e a ansiar por mais, mesmo que eles não cheguem.



José Saramago 1922-2010

Hoje fechou os olhos mais um génio das palavras. Calou-se a voz de um grande senhor do imaginário das histórias. Para reler e recordar ficam as mil e uma palavras que formam as histórias geniais que nasceram dentro da mente deste gigante da literatura.
Adeus.

domingo, 13 de junho de 2010

Minha Querida Lisboa

Minha querida Lisboa,


Hoje vi o Sol nascer sentada mesmo no teu coração, de frente para o teu rio, debaixo do teu céu. Hoje, enquanto atravessava a noite, senti-te mais minha do que em qualquer altura. Senti-me feliz e cheia no meio das tuas ruas, enquanto descia a calçada ou me sentava à soleira de uma porta qualquer, de uma das mil que vivem contigo. Hoje confirmei o que sempre soube, nunca te irei deixar. Vou cá ficar sempre, para sempre, porque é aqui que pertenço. Foste tu que me viste, e vês, crescer, cair, levantar, chorar, rir, amar, sofrer... É nas tuas ruas que filmo o filme da minha vida, são os teus sons que formam a minha banda sonora.

Hoje vi o Sol nascer sentada no teu coração, de frente para o teu rio, debaixo do teu céu, de mãos dadas contigo e a sorrir. Apaixonei-me ainda mais por ti, pelas tuas ruas velhinhas, pelas tuas calçadas tão tipicas, pelas tuas tradições e pelas pessoas que caminham nos teus caminhos.

Quem me dera que o amanhecer fosse sempre assim Lisboa...

sábado, 12 de junho de 2010

Sempre Tu!

Mudar. Mudar. Mudar.Mudar.Mudar.



Sempre sem deixares de ser quem ÉS!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Consolação

Anoiteceu... Nem dei pelo tempo passar, as horas voam e eu no conforto do teu colo. Anoiteceu, já consigo ver as estrelas daqui!

"Veste um casaco Taninha!"
"Sim avó."

Anoiteceu, nem dei pelas horas, e agora já consigo ver as estrelas.

"Taninha, fecha a janela, vem comer! Já vestiste o casaco?"
"Sim avó, mas não quero comer."

Anoiteceu, fechei a janela, vesti um casaco.

"Avó? Vou-me embora, até amanhã!"
"Vai devagar!"
"Sim avó."

Anoiteceu e eu vim-me embora.
Olha as estrelas desapareceram... Ah, é uma nuvem.
Olha, está a chover!

"Sim avó?"
"Taninha? Já chegaste?"
"Já."
"Então vá, olha vai comer, até amanhã."
"Beijinho avó, gosto muito de ti."

Perfeito! Anoiteceu, consegui ver as estrelas, e está a chover.
A chuva lava as almas, e eu quero ser para sempre pequenina, para caber sempre no teu colo...

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Pôr do Sol

Sentei-me à beira da cama e olhei à minha volta. Estava tão escuro que não conseguia distinguir umas coisas das outras. Levantei-me e acendi a luz, uma pequenina só para ver onde metia os pés. Não adiantou de nada, caí na mesma..., distrai-me e tropecei. Agora dói-me um joelho, voltei a ter seis anos. Quando era pequenina é que caia e não dizia nada a ninguém, tinha medo que não me deixassem brincar mais. Agora faço o mesmo, mas só para não incomodar ninguém... Já nem me lembro do que ia fazer. Fico parada a olhar em volta, a decorar o sítio das coisas. Olha, desisto! Apaguei a luz e voltei-me a deitar. Vi as horas passarem por mim, uma a uma, todas. Longas, parecia que não queriam passar, e estava escuro. Tão escuro! E as horas a passar e o sono sem chegar. Resolvi levantar-me de novo e ir à janela. O Sol nascia, mas aqui continua escuro... Hoje o Sol não chegou cá, não me trouxe um sorriso nem um raiozinho de luz. Vim sentar-de de novo à beira da cama e olhei mais uma vez à minha volta. Continuava escuro, tão escuro que até metia medo. Os meus olhos voltaram a desabituar-se do negro e agora não sei bem como é andar às cegas. Hoje o Sol não veio, a única coisa que vejo é um pontinho brilhante no fundo do horizonte... Lá fora sei que ele queima,mas isso é lá fora. Aqui, só silêncio e escuro.



Passou assim a primeira noite em que o Sol não nasceu de novo aqui, comigo sentada à beira da cama, a tentar habituar-me ao escuro e ao silêncio... Passou assima primeira noite, desde há muito ,em que acordei de noite, como se fosse Inverno, em que a música deixou de tocar e se fez silêncio. O Sol diz que nasceu lá fora, não o consigo ver daqui, talvez esteja a brincar às escondidas comigo, não sei...



Preciso de comprar uma lanterna...

domingo, 6 de junho de 2010

Devaneios

"Tem dias em que a dor está quase morta e tem dias em que é quase fisica..."


"Mas tu já sabias disso, porque é que não voltaste para trás enquanto podias? És tão estúpida!"

"Pensei que conseguia..."

terça-feira, 1 de junho de 2010

O mais ridiculo é que acredito nas coisas e nas pessoas com todas as forças que tenho em mim...